Devido a acentuada queda dos preços, os dispositivos de navegação portátil, também conhecidos como dispositivos de GPS (Global Positioning System) têm se tornado cada dia mais utilizados. Estima-se em 2010 mais de 120 milhões de unidades vendidas. Esta popularização tem trazido à tona uma discussão acerca da possibilidade de invasão de privacidade, provocada pelas informações armazenadas nos equipamentos. No caso de um veículo roubado, o conteúdo armazenado pode fornecer aos autores do roubo/furto informações sobre a localização da residência, do trabalho, rotas diárias, etc.
Por outro lado é cada vez mais comum encontrarmos estes dispositivos associados a atos criminosos, que podem conter informações importantes na elucidação dos crimes. Assim a Computação Forense se depara com mais um desafio: A coleta, aquisição e análise de GPS.
Terminologia
Existem termos comuns associados à navegação com uso de recursos de GPS e cujo conceito é muito importante para a perícia, como waypoints, routes, tracks, entre outros.
- Waypoints (Pontos de passagem) – São pontos identificados por coordenadas geográficas;
- Routes (Rotas) – São sequências de dois ou mais waypoints conhecidos, importantes, interligados, que determinam uma rota entre a origem e o destino de um deslocamento;
- Tracks (Trilhas) – São sequência de pontos de caracterizam um caminho percorrido ou planejado. Normalmente as trilhas possuem mais pontos que as rotas.
Ferramentas
Já existem ferramentas especializadas para análise forense de dispositivos GPS. O BlackThorn2 e o TomTology são softwares comerciais compatíveis com uma série de marcas e modelos. Existe ainda outros utilitários não especializados, alguns gratuitos, voltados para integração entre os sistemas do GPS e desktops, que podem ser utilizados para auxiliar a análise, na ausência de uma ferramenta especializada.
Voltaremos em outra oportunidade para tratar desse assunto.